Casa Cubo

Clareza formal, complexidade perceptiva

Franthesco Spautz

A Casa Cubo parte de uma imagem familiar: a forma simples das casas rurais. Ao invés de repeti-la, o projeto a toma como ponto de partida para um gesto de reinterpretação, onde o volume é esculpido com precisão – não para mudar a forma de habitar, mas para atualizar sua expressão no tempo. O gesto preserva a essência do abrigo, mas introduz uma nova maneira de perceber, mais atenta e profunda.

À primeira vista, a volumetria da casa parece evidente. O olhar traça contornos, antecipa continuidades. Mas, à medida que se caminha ao redor da casa, essa expectativa se dissolve. Aquilo que o observador acreditava já ter compreendido, muda. A volumetria, ainda que precisa e contida, revela faces distintas e inesperadas, numa composição que depende do corpo em movimento.

Esse fenômeno encontra fundamento na Gestalt, abordagem que estuda os processos de percepção. Segundo seus princípios, o cérebro tende a completar imagens com base em padrões conhecidos. A Casa Cubo opera nesse intervalo: ela sugere continuidade, mas revela o diferente; oferece estabilidade, mas instiga movimento. A percepção da forma exige tempo, aproximação e presença – e esse envolvimento sensível é parte essencial do projeto.

A Casa Cubo é pequena em escala, mas profunda em intenção. Não antecipa tudo de imediato. Prefere o tempo. A arquitetura, aqui, não é sobre o que se vê à primeira vista, mas sobre o que se revela.

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